Crianças e telemóveis, tema complexo não é? Com toda essa tecnologia pairando sobre a cabeça das crianças, toda mãe se pergunta se o filho realmente precisa de um telemóvel. Claro que se você perguntar para ele, ele vai dizer sim, mas a decisão de dar ou não um telemóvel para ele deve ser sua. O primeiro passo para essa decisão é você saber se ele já tem idade suficiente e maturidade para tomar conta do telemóvel. Isso só surge por volta dos nove anos de idade. Antes dessa idade, você pode ter muitos aborrecimentos por conta da perda ou do estrago do telemóvel .
O outro ponto a ser pensado são os gastos que ele terá com o as ligações e SMS. Geralmente é muito difícil controlar as crianças e elas acabam gastando mais do que deviam. O que você pode fazer é controlar os gastos e conceder um telemóvel pré-pago para o seu filho, assim você o avisa que ele tem determinado valor de créditos para gastar, e que você não vai repor se ele não souber usar.
As crianças e principalmente os adolescentes querem o telemóvel apenas para estar na moda, já que não é raro ver a queixa das escolas que os adolescentes não largam o aparelho nem no meio da aula e que ao invés de passar bilhetinhos, agora a moda entre eles são as mensagens de texto, ou seja, os SMS ou torpedos como são chamados no Brasil.
Geralmente você pode ceder ao modismo do telemóvel quando observar que é realmente necessário. Geralmente as mães liberam o uso do aparelho quando os filhos começam a sair sozinhos com os colegas. Essa é uma maneira que a mãe encontrar para se sentir mais tranquila em relação ao filho.
O que não resolve a questão é você dar o telemóvel para a criança como forma de monitoramento 24 horas por dia e acabar sufocando o seu filho. O que acontece muitas vezes é que os pais não sabem o próprio limite e acabam ligando para os filhos até no meio da aula.
Outra questão a ser discutida é o controle dos gastos. Quando o valor for estabelecido, diga que não poderá ser ultrapassado. O telemóvel pode ser uma boa maneira de as crianças começarem desde cedo a aprender a controlar os gastos. Muitas vezes os pais cedem ao telemóvel como forma de compensação do afecto. O que não resolve muito, já que a criança não vai ter controle com o aparelho e dando mais dor de cabeça aos pais. Por isso mesmo, dar o telemóvel ao filho só em caso extremo de necessidade e com o acordo pré-estabelecido de consumo e de uso; não hesite em tirar o telemóvel dele caso ele não cumpra esses acordos. Só assim ele ou ela vai aprender.
Na minha opinião as crianças não deviam utilizar telemóvel, pois estão sempre contactáveis através da escola e ainda se desconhecem os efeitos das permanentes radiações.