Em celebração ao Dia do Amor Universal trazemos uma linda história destinada à crianças, jovens e adultos, que nos fala sobre o amor incondicional aos que nos cercam, a natureza e a vida. A história é de autoria da terapeuta holística Yolanda Castillo, do Centro de Medicina Holística. Vamos aprender a amar e ser feliz?
Sentindo desde o coração, emanando amor Universal
O Havaí é um arquipélago, quer dizer, um conjunto de ilhas, para ser exacta, dezanove, que se encontram na América do Norte. Muito bonitas, solarengas, com muita natureza, as pessoas são sensíveis e muito humildes; todas com o coração cheio de bondade.
Chamo-me Magali e apesar de ter viajado algumas vezes, sempre vivi em Honolulu, uma cidade do Havaí. Gosto muito do lugar onde vivo; é muito solarengo, com paisagens naturais fantásticas e as nossas praias, são muito bonitas. A areia é clara e acolhedora, as águas são límpidas, transparentes, puras e nelas habitam seres de todo o tipo. O mais bonito de observar nas águas e mergulhar nelas, é ver como todos os seres vivem felizes, em harmonia respeitando cada um o seu espaço.
Nós, os habitantes deste arquipélago somos muito alegres,divertidos, educados e humildes. Gostamos muito de estar em contacto com a mãe natureza. Sim, disse com a mãe natureza. Muitos de vós perguntareis porquê.
Na nossa cultura, assim como em muitas outras, a natureza é também nossa mãe. Ela oferece-nos abrigo, água, vários alimentos e de boa qualidade, lenha para nos aquecermos, etc. Por isso para nós ela é a mãe que cuida de toda a humanidade.
Também gostamos de contemplar o pai céu, as suas nuvens, o arco-íris, as estrelas; tudo o que existe nele merece todo o nosso respeito e admiração. Pois é ele, quem torna possível a maravilha dos fenómenos atmosféricos e que a mãe terra nos pode oferecer tudo aquilo que nos entrega de forma espontânea.
Nós os habitantes das ilhas, somos muito carinhosos; para nós, o amor e o seu verdadeiro significado são muito importantes, podemos dizer que é o mais importante, pois nada surge sem o amor verdadeiro. Um dos melhores momentos da semana, para nós, é passar o tempo com a família; poder dar amor, abraçar-mo-nos, brincarmos com os mais novos da casa, etc. Às vezes, até mesmo bairros inteiros, reunimos-nos para comemorar uma data especial, porque nos tratamos com amor e tolerância, assim somos como uma grande família.
Vivemos com muita paz e alegria, não deixamos espaço para discussões, mal entendidos ou tentar uns ser melhor que os outros. Em vez disso, percebemos que é através do amor, da compreensão e da comunicação que podemos estar bem uns com os outros e chegar a um acordo quando as opiniões são diferentes. É assim que vive o meu povo; é assim que sou feliz e consigo sorrir sempre para a vida e ela retribui-me sempre do mesmo modo. Não guardamos rancor por nada, porque somos todos humanos, não é verdade? Isso significa que nos enganamos, todos nós nos enganamos! Faz parte do nosso crescimento, que nos torna pessoas melhores e mais atentas às coisas que acontecem no mundo.
Deveis pensar que é uma estranha forma de viver, mas assim somos muito felizes, porque conseguimos desfrutar de cada momento e de cada dom que a vida e o universo nos dão.
O meu avô, tem um nome diferente e também muito grande, só o facto de pensar pronuncia-lo, fico muito cansada. Por isso todos lhe chamamos Alapai, é mais divertido e mais curto, alem disso, o seu nome em havaiano significa conselheiro. E é isso que ele é para todos nós. O avô ensinou-nos tudo sobre a nossa história, cultura e sobre os nossos valores.
Conta-nos que na Europa e noutros continentes, as pessoas são muito mais materialistas que nós, só dão valor ao dinheiro, ás aparências e a coisas físicas. Em contra partida dão muito pouco valor ao que trazemos no coração, ao amor e aos valores.
Que estranho – pensava eu – eles não podem ser felizes assim, porque o calor humano e o contacto com o que nos rodeia, é na verdade, o que nos traz a felicidade. O avô contava-nos que sorriam pouco, eram tristes e a felicidade só a adquiriam às vezes, não era um estado permanente. Isso também era confuso para mim, porque eu sou sempre feliz e não apenas às vezes. Alapai, disse-nos que os seus corações são sempre tristes, não sabem dar nem receber amor.
Cada vez que o avô nos falava destas coisas, nada fazia sentido para mim, porque: para que queremos o coração se não é para dar e receber amor?
Encanta-me! Sou feliz, sentindo todas as coisas com o coração, não gosto de coisas superficiais. Sentir que se acende uma pequena chama no nosso coração que nos enche constantemente de alegria e felicidade, quando emanamos amor a todo o Universo. Não só às pessoas da nossa família e amigos mas a tudo o que tem vida à nossa volta: árvores e plantas, animais, a água, as pedras…absolutamente todos os seres vivos. Surpreende-vos que diga a água, pois, mas mesmo que não acrediteis, a água tem energia portanto tem vida; o mesmo se passa com as pedras, pois são oferecidas pela mãe terra, tudo o que dela provem é vida.
Como todo o meu povo, adoro enviar amor Universal! Não somente aos seres vivos da minha cidade, ou do Havaí, ou inclusive do Planeta Terra, se não a tudo a que há no Universo! Os Planetas, estrelas, cometas…todos os seres vivos que neles habitam, a todas as energias positivas do Universo. Por isso, gosto muito de me sentar na orla da praia, fechar os olhos, abrir o coração e enviar amor a todo o Universo, porque assim somos todos mais felizes.
Meninos, convido-vos a experimentar esta forma de ver o mundo e de o sentir! Pois assim comprovareis que eliminando as chatices, as más palavras, a agressividade e as más ações da vossa vida, vos sentireis muito melhor, mais livres. Mas além disso abram os vossos corações e emanem amor a tudo o que vos rodeia, à Mãe Terra e a todo o Universo; assim encontrarão um estado de felicidade permanente!