Vamos empinar pipa?

A pipa também é conhecida no Brasil com outros nomes como por exemplo: quadrado, cafifa, papagaio, pandorga ou raia. É um brinquedo antigo e que fez muito sucesso entre os meninos nas décadas de 1960 e 1970. A pipa é um brinquedo que voa baseado na oposição entre a força do vento e a da corda segurada pelo operador.

Para a construção de uma pipa são necessários diversos papéis de seda coloridos, varetas de madeira, cola branca, e linha. Este brinquedo teve origem na China por volta de 1.200 anos antes de Cristo e na época era utilizado como um artefacto militar que servia para comunicação entre os militares.

Existem diversos tipos de pipas, com rabiola, sem rabiola, em forma de losango, em forma de pentágono, e até em forma triangular. Cada tipo tem um detalhe que o diferencia dos demais tipos, fazendo dele um modelo único e com características próprias. Para além da diversão que a pipa proporciona à meninos das mais diversas faixas etárias, é importante que a criança aprenda também os perigos de se empinar pipa num local impróprio. Empinar pipa pode se tornar uma brincadeira fatal que pode até tirar a vida de uma pessoa.

Um dos maiores perigos é o contacto da pipa com a rede elétrica que pode ocasionar descargas elétricas, curto circuito, e incêndios, levando a criança a morte e ocasionando sérios acidentes nas residências que estiverem a volta do poste, do cabo elétrico ou do transformador.

Outro problema grave que tem sido discutido e divulgado já há muitos anos é o uso da linha com cerol (mistura de vidro, cola, ferro, areia, e outros ingredientes). O cerol é uma mistura cortante de pó de vidro e cola de madeira utilizado na linha da pipa com o objetivo de cortar a linha de outra pipa oponente. Além da linha com cerol romper a rede elétrica ela pode cortar mãos, dedos, braços e até pescoços das crianças e dos motoqueiros que estejam a passar na rua onde a pipa está sendo empinada.

Dicas de Segurança para soltar ou empinar pipa:

* Não use Cerol ou qualquer outro tipo de produto ou linha cortante.

* Não solte pipa em dias de chuva ou com muitos relampagos, você pode ser eletrocutado.

* Se a pipa ficar rpesa a um poste ou antena, não tente puxa-la você pode receber uma forte descarga elétrica e morrer.

* A linha pode ser perigosa para condutores de bicicletas, motoqueiros ou pedestres.

* Cuidado para não se distrair enquanto empina a pipa e cair num rio, no esgoto ou num buraco.

* Não use papel laminado para fazer a pipa, eles podem ser condutores de choque elétricos.

* Subir em linhas de transmissão, árvores, muros, postes ou construções próximas à rede elétrica também é muito perigoso e pode causar acidentes.

* Para empinar pipa escolha lugares abertos e sem redes elétricas por perto como parques, campos de futebol, ou praias.

* Não utilize fios de nylon (de pesca)  pois cortam tanto ou mais que o próprio cerol.

* Nunca utilize linha metálica, como fio de cobre de bobinas.

* Tente soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Na maioria dos casos, a pipa se prende no fio justamente por causa da rabiola.

* O uso do cerol é proibido por lei e pode matar.

Tipos de pipas:

Suru – pipa que não tem rabiola e também em sua fabricação só utiliza duas taletas (varetas) em forma de cruz e é totalmente encapada.

Raia – não utiliza rabiola e tem formato de losango.

Peixinho – semelhante a raia, mas em sua maioria leva rabiola.

Morcego – pipa sem rabiola, em formato retangular e não é totalmente encapada.

Pião – pipa grande que precisa de muita rabiola para subir é considerado pião, quando a vareta central da pipa geralmente ultrapassa a medida de 60 cm.

Telequinho (ou Jerequinho no RJ) – pipa pequena que precisa de pouca rabiola para subir.

Telecão (ou Jereco no RJ) – pipa um pouco maior que o telequinho.

Maranhão – pipa com rabiola e muita mobilidade.

Carrapeta – feita com três varetas em tamanhos diferentes, uma central (de maior tamanho) e duas transversais, formando uma espécie de cruz, com espaço entre si, sendo que a inferior é em tamanho mais curto.

Baratinha ou Charutinha – espécie de pipa com rabiola, possui formato retangular, tem muita agilidade. Surgiu no RJ, na evolução dos modelos de pipas de SP.

Pipas de Biquinho – modelo muito conhecido dos cariocas, com rabiolas imensas, tem capacidade de chegar muito longe.

Pipa “Batata” – semelhante a carrapeta, sendo que as varetas transversais não do mesmo tamanho.

Pipa Modelo – conhecidas pelos seus formatos variados, destacadas não só pelo seu tamanho, que pode ser muito grande, mas também pela beleza. Muito vistas em “Festivais” como são conhecidas as competições desse estilo.

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